Etarismo é tema de debate na OAB 4ª Subseção Barra Mansa

A Comissão da Terceira Idade da OAB 4ª Subseção em Barra Mansa realizou na tarde desta segunda-feira, dia 30, a Roda de Conversa sobre Etarismo e a Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso). O evento ocorreu de forma presencial, mas também contou com transmissão online simultânea visando ampliar o número de participantes. A coordenação ficou sob a responsabilidade da presidente da Comissão da Terceira Idade, Drª Maria Lúcia Xavier, da advogada e conselheira da 4ª Subseção, Drª Flávia Werneck e da coordenadora das Comissões, Drª Cleicione do Nascimento Silva.
 
Presente a palestra, o presidente da OAB-BM, Dr. Aloizio Perez, enalteceu a importância da iniciativa. “A Lei 10.741 completou neste mês de outubro 20 anos em vigor. Um avanço para toda a sociedade e para a garantia de direitos de todas as pessoas que integram a terceira idade. A nossa Subseção tem a satisfação de reunir pessoas entendedoras do assunto e preocupadas com a inclusão e o respeito ao idoso”.
 
A Drª Cleicione do Nascimento Silva disse da sua preocupação com questões referentes à segregação e ao preconceito contra o idoso. “Eu perdi meus pais ainda quando criança e fui criada pelos meus avós. Acredito que isto foi determinante para a escolha da especialização em Direito Previdenciário.  Atualmente, no Brasil o número de pessoas jovens na sociedade está encolhendo, a base da pirâmide diminuindo. Com isso, o sistema previdenciário, que é solidário, está atento aos desafios das próximas décadas, que têm pontos chaves como o aumento da expectativa de vida em torno de 86 anos de idade e o aumento do topo da pirâmide”, analisou.
 
A abertura da palestra contou com a leitura da crônica a “Velhice, pela Drª Alzira Ramos. No auge dos seus 92 anos, dispensou o uso de óculos para o texto. Na sequência, a Drª Maria Lúcia apresentou os resultados do trabalho sobre etarismo. “As pessoas não querem envelhecer, têm medo deste processo, pois o fato está relacionado à invisibilidade e a perda de espaço no mercado de trabalho. A gente precisa mudar este conceito estrutural, porque na verdade, o idoso é o jovem que deu certo. Quando as pessoas mantêm o espírito e a cabeça jovens, não fazem do lar uma prisão domiciliar. Isto faz toda a diferença”.
 
Alguns artigos da Lei 10.741/2003 foram destacados pela Drª Flávia Werneck; também foi realizada uma dinâmica com a Consteladora Familiar,  a enfermeira Valéria Maria Rodrigues de Miranda Fonseca. A leitura da poesia “Quantos anos Tenho”?, de José Saramago, pela Drª Regina Célia Pereira Werneck de Freitas, e um café marcaram o encerramento da Roda de Conversa.

Fotos: OAB

etarismo 2023 1

 

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